Metro 2034 (2009) de Dmitry Glukhovsky
Sinopse:
É o ano de 2034. Depois de uma guerra devastadora, a maior parte do mundo está em ruínas. Moscovo é uma cidade fantasma. Uns quantos sobreviventes refugiaram-se nas profundezas da rede subterrânea para construir uma nova civilização. Apenas encontraram escuridão ...
Na estação de Sevastopol, um homem aparece. Coronel Hunter. Leva a cabo uma luta solitária contra a escuridão, viajando sozinho pelas profundezas assombradas dos túneis. A seu lado está Homero, um velho homem que conhece as lendas do metro como ninguém e irá escrever a sua história. Quando os dois conhecem a jovem Sasha, de 17 anos, Homero acredita ter encontrado o par perfeito para este poema épico. Mas irão eles sobreviver para escrever a história?
Estas são as viagens do Caçador.
Opinião:
Sempre tive bastante curiosidade em ler este livro porque o Metro 2033 deixa algumas coisas em aberto e, julguei que poderia encontrar algumas respostas aqui mas, a verdade é que o livro foi uma verdadeira desilusão.
A história começa quando uns quantos grupos de homens da estação Sevastopolskaya desaparecem sem deixar rasto quando são enviados à estação de Tulskaya. Após grandes conversações, lá se decidem a permitir que um tipo de ar obscuro e poucas conversas (que se vem a saber mais tarde ser o Caçador) vá averiguar o que se passa, levando consigo um velhote chamado Homero. A eles juntam-se mais tarde, uma rapariga de 17 anos chamada Sasha e um músico chamado Leonidas.
Apesar de tudo, até podia ser uma boa premissa porque volta a acontecer alguma coisa que não sabemos ao certo o que é mas, quando fui consultar o mapa e vi que Sevastopolskaya ficava tão afastada da estação de VDNKh, percebi logo que o livro não ia ser nada do que eu estava à espera visto que sempre alimentei a esperança de saber o que é que se passou depois do final do Metro 2033.
Mas, ainda assim, decidi dar uma hipótese. Afinal de contas, a ideia do autor poderia ser contar uma história inteiramente nova e deixar a do Metro 2033 em aberto mas uma coisa é certa: esta história nova é aborrecida de morte!
Um do aspectos de que gostei bastante no Metro 2033 foi a velocidade a que acção decorria e de não haver distracções (entenda-se, um romance pelo meio). Essencialmente, o Artyon tinha de ir do ponto A ao ponto B, enfrentando os perigos que surgissem pelo caminho e do sucesso da sua missão dependia a sobrevivência do Metro.
Neste Metro 2034, o autor decidiu enveredar por um caminho bastante diferente e, ao consultar as notas que fui tomando ao longo da leitura, tenho uma que diz « uma pieguice pegada ». Pois. É isso. Páginas e páginas sobre as reminiscências do passado, dilemas morais, moral, ética, o valor da vida e outras lamechices que tal.
A essência do Metro 2033 continua lá mas, já não paira no ar aquele clima de tensão e incerteza ... A ideia com que fiquei é que este livro acaba por ser uma espécie de "serviço para os fãs": gostaram do primeiro livro? Então aqui têm o segundo (que não terá nada a ver com o primeiro mas como vamos pôr na capa que é The Superb Sequel To The Cult Underground Bestseller e a coisa vende-se!).
Em comum têm apenas o facto de se passarem no metro.
Se gostam de ficção pós-apocalíptica, espreitem estes livros!
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