Fatherland (1992) de Robert Harris

by - abril 03, 2024

 


Sinopse: E se Hitler tivesse ganho?

Fatherland passa-se num mundo alternativo onde Hitler ganhou a Segunda Guerra Mundial. Estamos em abril de 1964 e uma semana antes do 75º aniversário de Hitler. Xavier March, um detetive da Kriminalpolizei, é chamado a investigar a descoberta de um cadáver num lago perto do subúrbio mais prestigiado de Berlim.

À medida que March descobre a identidade do cadáver, descobre indícios de uma conspiração que pode ir até ao topo do Reich alemão. E, com a Gestapo apenas um passo atrás, March, juntamente com uma jornalista americana, é apanhado numa corrida para descobrir e revelar a verdade - uma verdade que já matou, uma verdade que pode derrubar governos, uma verdade que mudará a história.



Opinião: Descobri este livro enquanto procurava sugestões dentro da temática de história alternativa e ficção histórica. A classificação de 4.01 no goodreads sugeria potencial, e a linha temporal também. 

Não foi um livro que me tivesse prendido a atenção de imediato, e confesso que tive de recomeçar a lê-lo para me conseguir embrenhar na leitura. Mas depois desta segunda tentativa, a leitura fluiu muito bem. 

Conforme lemos na sinopse, a ação passa-se em 1964, numa realidade histórica alternativa onde a Alemanha ganhou a guerra - ou pelo menos não a perdeu. A descoberta de um cadáver, que viremos a descobrir ser de uma alta patente dentro do Reich, virá pôr a descoberto uma conspiração que se vai desvendando ao longo de todo o livro, à medida que nos vão sendo dadas pequenas pistas aqui e acolá. Nesse aspeto, achei que a história está muito bem construída, na medida em que não revela tudo de uma vez. Pelo contrário, vão sendo fornecidos elementos que nos conduzem numa determinada direção, para de repente sentirmos que estamos a cair pela toca do coelho abaixo, e que as implicações daquilo que aconteceu são bem mais profundas do que o que julgávamos inicialmente.

Para além desta parte da conspiração/espionagem - que me recordou um pouco do Irving Wallace - temos todo o ambiente de uma Alemanha nazi, num verdadeiro clima de repressão, controlo e privação da liberdade de expressão.

As personagens também estão bastante interessantes, sobretudo March, um detetive da Kriminalpolizei que é arrastado para o meio desta trama e, contra todas as expetativas da Gestapo, está cada vez mais perto de descobrir a verdade oculta que pode pôr a descoberto aquele que foi o verdadeiro destino dos judeus que foram "reinstalados".

Mais do que para aqueles que apreciam ficção histórica, penso que Fatherland é uma excelente leitura para quem procura suspense e aprecia uma boa comspiração.

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