The Getaway God (2014) de Richard Kadrey
Sinopse:
Neste sexto livro da série, Sandman Slim deverá salvar-se a si mesmo, e ao resto do mundo, da ira de alguns deus antigos enfurecidos e vingativos.
Sendo um nephilim meio anjo, meio humano, com uma má reputação e uma atitude ainda pior - isto sem mencionar o facto de, durante algum tempo, ter desempenhado o papel de Lúcifer - James Stark fez alguns inimigos. Nenhum, no entanto, tão temível como o vingativo Angra Om Ya, o conjunto dos antigos deuses. Mas a sua invasão iminente é apenas um dos problemas de Stark.
Não sendo um assassino comum, The Ripper leva Stark às profundezas de uma conspiração que vai da Terra ao Céu e ao Inferno. Ele é também a única pessoa vida que poderá saber como impedir a extinção do mundo. O problema, é que é também o pior inimigo de Stark... o único homem existente que Sandman Slim gostaria de matar duas vezes.
★★★☆☆
Opinião: Na opinião acerca do Kill City Blues, tinha comentado convosco que não gosto de ler dois livros seguidos desta série. A personagem é demasiado intensa e, tudo o que é de mais enjoa, mesmo que ao princípio até não pareça. Mas dei comigo tão entusiasmada no final do livro anterior, que me lancei de cabeça no The Getaway God. Resultado: não foi decididamente uma boa ideia.
Comparativamente ao Kill City Blues, este livro pareceu-me bastante parado e dei comigo sempre à espera que acontecesse alguma coisa em grande. Foi já quase no final que há realmente alguma ação digna de nota, mas mesmo isso foi-se num piscar de olhos. Já percebi que com este autor é muito assim... tanto temos livros com ação por todos os lados, como temos outros em que a ideia anda mais em torno de resolver um enigma.
No livro anterior, Sandman Slim conseguiu recuperar o Qomrama, um artefacto que é, ao mesmo tempo, a porta de entrada dos deus antigos no nosso mundo, e a única arma capaz de os derrotar.
« It's not so simple, understanding the Qomrama. Remember, it's two things. It's a weapon. The Godeater. But it's also a summoning object. The Angra can pound on the door to our universe. They can stick a finger or toe in, but they can't enter without being summoned with it. »
Podemos dizer que os deuses antigos estão sedentos de sangue e de vingança, sobretudo depois de o Universo que criaram lhe ter sido roubado por Deus, que decidiu auto proclamar-se de « Criador ». Portanto neste livro, Sandman Slim não enfrenta um bandido qualquer. Enfrenta sim, uma horda de deuses, enquanto tenta impedir a aniquilação do Universo.
Para tal, James Stark vai ter de unir forças com os Golden Vigil, uma espécie de força especial, altamente treinada e munida de tecnologia que ponta, que lida com casos mais... sobrenaturais. Já não é a primeira vez que se vê forçado a esta parceria e, apesar da relação atribulada que tem com o Major Wells, não há grandes alternativas quando aquilo que está em causa é a sobrevivência do universo. Com os Golden Vigil vem uma personagem nova, um tal de Shonin, que é um monge que se auto mumificou através de uma meditação acerca da qual se passa o tempo a gabar. Shonin e Sandman Slim não são propriamente compatíveis: um ganhou fama a matar Hellions nas arenas do Inferno, e o outro tornou-se famoso pelo seu espírito de sacrifício. Os choques de ideias e ideais são uma constante e, provavelmente, proporcionam dos melhores momentos neste livro.
Pouco mais há que possa acrescentar porque, sinceramente, o livro não foi assim tão bom quanto isso (e porque estou cheia de sono mas tenho de terminar esta review antes de ir e férias). Gostei bastante das personagens e acho absolutamente incrível como é que o autor conseguiu criar todo este universo (a sério! Ele reescreveu a realidade, os conceitos de Céu e Inferno, e até mesmo os de Deus e Lúcifer), mas continuo a preferir os livros mais animados.
Boas Leituras!
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