O Sanatório (2020) de Sarah Pearse
Sinopse: Meio escondido na floresta e rodeado pelos picos ameaçadores das montanhas, Le Sommet sempre foi um lugar sinistro. Desde há muito objeto de rumores preocupantes, o antigo sanatório abandonado é alvo de uma intensa renovação e transformado num hotel de luxo com características singulares, recordações funestas da sua história...
Um hotel sumptuoso e isolado nos Alpes é o último lugar onde a detetive Elin Warner, ainda a recuperar de uma intensa investigação policial, deseja estar. Mas quando recebe um convite inesperado para comemorar o noivado de Isaac, o irmão de quem há muito se afastou, Elin não tem sequer a desculpa do trabalho para não aceitar. Chegou por fim o momento de ajustar contas com o passado e enfrentar memórias dolorosas.
A chegada a Le Sommet coincide com o início de uma tempestade ameaçadora, e Elin sente-se tensa – há algo no hotel que a deixa com os nervos em franja. Quando acorda na manhã seguinte e descobre que Laure, a noiva de Isaac, desapareceu sem deixar rasto, a sua inquietação aumenta ainda mais. Mas não é a única: com a tempestade a impedir todos os acessos ao hotel, os restantes hóspedes começam aos poucos a entrar em pânico.
No entanto, ainda ninguém deu conta de que houve mais desaparecimentos...
Opinião: Não gostei. Tinha tantas expetativas em relação a este livro e acabei por demorar semanas a lê-lo porque... meh.
O cenário: um hotel recém inaugurado que funciona onde era um antigo sanatório. Um risco de avalanche faz com que seja necessário evacuar os hóspedes, mas há uns quantos que ficam para trás...
Enquanto isto, há pessoas que desaparecem e são encontradas mais tarde, mortas, com uma espécie de máscara de gás e com dedos cortados. A polícia não tem como ajudar porque os acessos ao hotel estão todos fechados.
Tudo muito interessante e tal, até entrar em cena a pior detetive de sempre: Elin. A falta de objetividade e de método é exasperante!
Exemplo prático: estamos todos num hotel e há um assassino à solta que, pode ser qualquer um de nós. Diria eu que a segurança está nos números e seria essencial manter toda a gente junta, nem que fosse arrastando os colchões para o lobby do hotel. Estamos de acordo?
Pois Eli dedide que não há problema em que cada um continue a fazer a sua vidinha normalmente. Mais valia pintar um alvo nas costas!
Depois oferece-se para colaborar com a polícia suíça, mas faz tudo à sua maneira. Oculta informações da polícia, e partilha informações com pessoas que estão no hotel, e que até podem ser o assassino.
Francamente...
O final é à filme manhoso, em que o assassino conta a história toda desde pequenino, o que o motivou, como é que mata, porque é que mata. Só faltavam mesmo os violinos a tocar por trás.
Pessoalmente teria preferido uma história mais bem construída, em que fosse o leitor a chegar a estas conclusões e a juntar as peças. Da forma como foi feito, mais vale saltar logo para os últimos capítulos porque, para sermos realistas, não se perde nada.
Boas Leituras!
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