The Shape of Darkness (2021) de Laura Purcell
Sinopse: À medida que a era da fotografia surge em Victorian Bath, a artista de silhuetas Agnes luta para manter seu negócio a funcionar. Ainda a recuperar de uma doença grave, ganhar dinheiro suficiente para sustentar sua mãe idosa e o seu sobrinho órfão Cedric nunca foi fácil... Sobretudo quando um dos seus clientes é assassinado logo depois de posar para Agnes, e depois outro, e outro... Porque é que o assassino está a atacar os seus clientes ?
Desesperadamente à procura de uma resposta, Agnes trava amizade com Pearl, uma criança médium que mora com a meia irmã mais velha e com o seu pai doente, na esperança de que esta consiga estabelecer contato com os que morreram de modo a que revelem quem os matos.
Mas rapidamente Agnes e Pearl descobrem que, em vez de respostas, poderão ter aberto a porta a algo que nunca mais poderão fechar...
Opinião: Um dos melhores livros que li ultimamente!
Este livro tem tudo aquilo de que gosto: personagens interessantes, época vitoriana (que tem sempre aquele ar sombrio e fantasmagórico), crimes sinistros, paranornal e umas quantas reviravoltas inesperadas.
Agnes é uma mulher solteira que mora com a mãe e com o sobrinho de onze anos, filho da falecida irmã. Pouco se sabe dessa irmã, para além de que não deixou especial saudades e que, para alguns, a sua morte foi mesmo um alívio.
Para pagar as contas, Agnes dedica-se à arte de desenhar a recortar perfis. Isto até os seus clientes começarem a aparecer mortos, ao mesmo tempo que ela começa a receber mensagens anónimas com um certo tom de ameaça.
Na mesma cidade vamos encontrar Pearl. Uma criança albino de onze anos que, sob a orientação da irmã, realiza sessões de espiritismo duvidosas, nas quais permite que os mortos falem através dela. Interessados não faltam, e Agnes tornar-se-á numa dessas clientes, quando tenta comunicar com os espíritos dos clientes assassinados para tentar perceber, afinal de contas, quem os matou e qual a relação entre as suas mortes e ela.
A sensação que tive durante toda a leitura foi a de que estávamos sempre quase a descobrir o assassino. Faltava uma peça aqui e outra acolá, mas já não tardaria muito para se chegar a uma conclusão. E de repente...
Bem vindos às reviravoltas, onde todas as vocês teorias estão erradas e a realidade muito longe daquilo que possam imaginar. Não sei quanto a vocês, mas gosto muito mais deste tipo de livros do que aqueles como O Sanatório, onde o final nos é entregue embrulhadinho em papel bonito e, se lerem apenas o final, não perdem nada. Em The Shape of Darkness, toda a história é uma viagem que não queremos que acabe.
Acabei por ler o livro em duas vezes, e num desses dias estava tão embrenhada na leitura que nem sequer quis ir à praia. Há circunstâncias excecionais nas quais não há tempo a perder...
Boas Leituras!
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