Nine Perfect Strangers (2018) de Liane Moriarty
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Sinopse: Se alguém lhe garantisse uma transformação total em apenas 10 dias, você aceitava? Nove pessoas aceitam. Os seus motivos são diferentes mas todas embarcam num retiro de luxo. Esperam massagens, meditação e dieta detox. Estão longe de imaginar o desafio que têm pela frente.
Frances Welty é uma escritora bestseller em plena crise de inspiração (entre outras). Quer recuperar a alegria de viver.
Ben e Jessica ganharam 22 milhões de dólares na lotaria. Já não lutam para esticar o dinheiro até ao fim do mês mas passaram a lutar um com o outro. Querem salvar a sua relação.
Napoleon, Heather e Zoe sofreram uma tragédia familiar. Querem perdoar-se a si mesmos e reencontrar a paz (possível).
Tony é um ex-jogador de futebol que perdeu aquilo que mais amava.
Carmel é uma mãe (exausta) de quatro filhos que foi trocada por uma mulher mais nova.
Lars é um advogado gay que se debate com um dilema impossível…
Será que estas nove pessoas vão encontrar a solução para os seus problemas?
Ou será melhor fugirem enquanto podem?
É que Masha, a diretora do retiro, tem para os seus clientes um plano que nenhum deles conhece…
Opinião: O cenário é um heatlh & wellness resolrt que promete a transformação total daqueles que se inscrevem no programa de 10 dias.
As personagens: nove desconhecidos com diferentes histórias de vida, dispostos a experimentar smoothies milagrosos, meditações ao amanhecer e massagens relaxantes dadas por uma mulher pouco faladora.
O senão? O novo plano transformativo é bem mais do que massagens e smoothies, e a diretora do resort talvez ("talvez") seja um bocadinho over the edge.
Comecei por ler sem quaisquer expetativas e o livro acabou por se revelar bastante interessante. Cada capítulo narra o ponto de vista de um dos personagens, e é assim que vamos descobrindo o que os levou até ali, e de que forma estão a encarar tudo o que se está a passar.
A escritora joga muito bem com os diferentes POV quando, por exemplo, nos dá a conhecer determinados personagens mas, sob o ponto de vista dos outros. Ou seja, vemo-los como os outros o veem e só quando temos acesso ao seu próprio ponto de vista é que chegamos à conclusão de que talvez tenhamos feito um julgamento errado.
Isto acabou por também resultar muito bem em determinadas situações limite (que fazem parte do programa experimental de transformação) onde, como nenhum deles faz ideia do que se está a passar, também o leitor fica sem saber. Genial!
Boas Leituras!
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