Haunted #1: Perron Manor (2021) de Lee Mountford
Sinopse: Mansão Perron - um lugar que o mal chama de lar.
As irmãs Sarah e Chloe herdam uma casa que nunca sonharam possuir. Parece demasiado boa para ser verdade.
Pouco depois de se mudarem, porém, as irmãs começam a notar coisas estranhas: cheiros horríveis, quedas bruscas de temperatura, bem como sons inexplicáveis e a sensação de estarem a ser observadas.
Tudo isto é agravado quando descobrem um escritório no andar de cima, cheio de objectos ocultos e um estranho livro escrito em latim.
As suas experiências tornam-se cada vez mais frequentes e mais aterradoras, até chegarem a um clímax de cortar a respiração, em que as irmãs se vêem frente a frente com o mal por detrás da Mansão Perron. Conseguirão elas sobreviver e salvar as suas próprias almas?
A Mansão Perron é o Livro 1 da série Haunted, que continua com Haunted: A Porta do Diabo
Opinião: Tenho apostado forte nos livros de casas assombradas da Darcy Coates. Mas ao fim de uns quantos, a estrutura começou a parecer-me sempre igual e decidi mudar de ares.
E eis que descobri Lee Mountford e esta coleção Haunted. À data em que estou a escrever esta review já vou no quarto livro mas, como estão a ser tão bons, nem sequer tenho conseguido vir aqui escrever nada porque, assim que termino um, quero logo começar o outro.
Neste primeiro volume, conhecemos as irmãs Chloe e Sarah, que recebem uma mansão como herança do tio: Vincent Bell. Chloe mal se lembra dele, e Sarah nunca sequer o conheceu. Mas uma casa é uma casa, e portanto elas decidem mudar-se para lá.
São poucos os detalhes que conhecem acerca da casa, e apenas Chloe tem uma breve recordação que remonta a 1982. Mas pouco mais é do que a vaga ideia de ter fugido de lá com os pais. Porquê? Não se recorda.
À medida que a história vai avançando, também nós ficamos a saber um pouco mais. Que a mansão foi construída por volta do ano 1200 e que começou por funcionar como um mosteiro. Sabemos que em 1982, quando era um hotel, houve um verdadeiro massacre, ao qual apenas sobreviveram Chloe, os pais e Vincent Bell, que ficaria a morar neste cenário de massacre até ao final dos seus dias.
A tensão vai sendo construída aos poucos e o suspense vai-se adensando aos poucos. Primeiro surgem pontos extremamente frios, depois odores a podre, e a sensação de que se está a ser observado cresce de dia para dia. Gostei bastante da forma como os espíritos não se revelam imediatamente, mas dão a entender a sua presença de formas subtis. Até deixarem de o fazer.
E aqui é que acho que a história se tornou ligeiramente irritante. Sentir um lugar frio, pode ser uma coincidência. Mas quando as coincidências aumentam de dia para dia, e começam a surgir manifestações menos subtis, talvez seja altura de parar e tentar perceber o que se está a passar. Em vez disso, optam por achar que Chloe está a mentir ou que enlouqueceu.
Chegou a um ponto em que eu já não percebia como é que poderiam continuar a viver em negação, quando era mais do que óbvio que se passava algo de estranho na casa. Ainda assim, quando chegava a noite, lá iam todos para a cama dormir, e até punham a bébe sozinha num quarto à parte.
Claro que as coisas vão evoluindo até culminar na impossibilidade de se negar que a casa está assombrada (DUH!) mas foi realmente irritante demorarem tanto tempo a chegar a essa conclusão.
Tirando isso, gostei bastante da forma como tudo se desenrolou, e das descrições das entidades (que estão mesmo assustadoras).
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