The House Next Door (2017) de Darcy Coates
Sinopse: Uma história de fantasmas
Vivo ao lado de uma casa assombrada.
Comecei a suspeitar que havia algo de errado com o edifício gótico quando a família fugiu a meio da noite, com os filhos a gritar e a mãe a chorar. Nunca mais voltaram para arrumar os móveis.
Nenhuma família fica muito tempo. Os animais evitam o sítio. Uma vez, pareceu-me ver a silhueta de uma mulher a passear pelo quarto do andar de cima... mas isso parece impossível; não estava lá ninguém a viver nessa altura.
Uma nova ocupante, Anna, acaba de se mudar. Fiz-lhe uma visita para a avisar sobre o edifício. Não esperava que nos tornássemos amigas, mas tornámo-nos. E agora que a Casa Marwick está a acordar, ela pediu-me para ficar com ela.
Nunca tencionei envolver-me com o edifício ou com o seu habitante vingativo e morto. Mas agora tenho de salvar a Anna... antes que seja demasiado tarde para nós as duas.
Opinião [contém spoilers]: Geralmente, as histórias que envolvem casas assombradas, centram-se apenas nos seus residentes e naquilo que se passa entre as suas quatro paredes. Por isso, quando comecei a ler este livro, achei interessante termos o ponto de vista da vizinha da dita casa. Como é que será morar ao lado ? Será que as pessoas espreitam pelas cortinas tentar ver alguma coisa? Será que se apercebem de alguma presença?
A ideia estava gira, mas acho que no meio de tudo, só os gatos é que demonstraram ter o mínimo de bom senso, ao manterem-se bem afastados.
Ao contrários dos outros que li desta autora, em The House Next Door não há nenhum dos clássicos: casa isolada, pouca rede telefónica, falhas na eletricidade. Pelo contrário, a casa fica no meio de uma urbanização, e bem à vista de todos.
Talvez para compensar, a autoria decidiu incluir uns quantos elementos de terror como pássaros a esbarrarem nas janelas, um espelho onde às vezes aparece a cara de uma mulher assustadora, umas quantas visões, um piano do qual às vezes soam umas notas tristes, e uma história triste e trágica envolvendo os moradores da casa. E a parte assustadora ficou-se por aqui.
As ações completamente disparatadas das personagens tornam a história risível e pouco credível, o que anulou por completo aquele ambiente fantasmagórico de que eu tanto gosto nos livros de Darcy Coates.
O médium que é chamado à casa anda por lá a queimar sálvia, para depois chegar à conclusão que isso afinal não resulta. Nem sequer organiza uma sessão espírita ou coisa do género. A solução dele? Ignorarem o espírito porque pode ser que ele assim desista. A sério?!
Depois da proprietária da casa assombrada e a sua vizinha se tornarem amigas, decidem fazer uns serões a ver filmes. E onde é que dormem? Na casa assombrada! Mesmo depois de perceberem que há ali qualquer coisa. Porquê? Não faço ideia. Talvez pela adrenalina.
Aparece o ex-namorado da fulana da casa assombrada, que pelos vistos é doido varrido, e ninguém se lembra de chamar a polícia?! Matam o tipo, desfazem-se do carro dele e nem sequer há um inquérito policial?
O livro não está mau, mas comparado com outros que li da mesma autora, está bastante fraquinho...
0 comments