Man, Fuck This House (2021) de Brian Asman
Sinopse: Sabrina Haskins e a sua família acabaram de se mudar para a casa dos seus sonhos na cidade de Jackson Hill, no sudoeste dos Estados Unidos, que está a crescer rapidamente. Sabrina é uma dona de casa aborrecida e desiludida, Hal é um vendedor de hipotecas com uma queda para analogias desportivas inoportunas. Os seus dois filhos, Damien e Michaela, são inteligentes e precoces.
À primeira vista, a casa é perfeita. Mas as coisas não são o que parecem.
Sabrina ouve ruídos estranhos e tem visões estranhas. Os vizinhos são estranhos ou ausentes. E a já difícil relação de Sabrina com o filho está prestes a ser testada de uma forma que nenhum pai poderia imaginar.
Porque embora a família Haskins possa ser a mais recente proprietária do 4596 James Circle, eles estão longe de ser os únicos residentes...
Opinião (contém spoilers): Achei o conceito interessante porque se diferencia das habituais histórias de casas assombradas. Aliás, tenho algumas reservas em classificar este livro como sendo sobre uma casa assombrada porque, na prática, não há assombrações, mas sim algo diferente.
Gostei da forma como a sequência dos acontecimentos nos leva a duvidar acerca do que se está a passar e a colocar diferentes hipóteses...
Será que a casa é assombrada ?
Será que a Sabrina está doida ?
A realidade acaba por não se revelar uma coisa nem outra, mas sim uma mais interessante: a casa está viva e tem a capacidade de criar pessoas - normalmente iguais às que nela habitam - para interagirem com o mundo real.
A história estava a ir tão bem... tanto potencial...
E depois a casa zanga-se e começa a andar! É isso mesmo: a casa começa a andar pela rua, os polícias começam a disparar contra ela, e umas páginas mais à frente ela já se fixou numlote não sei onde.
O que raio é que aconteceu entretanto?
Os polícias perderam UMA CASA de vista?!
Também estava a gostar do Damien - acho que, no meio de tudo, é a única personagem com algum carisma e que contribuiu alguma coisa para a história - mas, acabou por não dar em nada. Foram páginas e páginas a construir uma personagem com imenso potencial para criar caos e tragédia, e depois... nada.
A única coisa interessante foi o final mas, nem isso chega para compensar o total desperdício de tantas ideias fantásticas que o livro prometia. Pode ser que um dia o autor retome o projeto e decida explorar os temas mais a fundo.
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