Reprieve (2021) de James Han Mattson
Sinopse: Uma história de terror arrepiante centrada num assassinato brutal que ocorre numa escape room full contact. Uma exploração provocativa do capitalismo, política de ódio, fetichismo racial e a nossa obsessão com o medo como entretenimento.
Opinião: Não foi exatamente aquilo que eu esperaria de um livro que é descrito como sendo de terror.
A sinopse passa a ideia de que a Quigley House, uma escape room full contact, ocupa o papel central. Julguei que a história acabaria por se passar toda aí, até culminar numa desgraça qualquer. Na verdade, e apesar dessa casa ser o ponto de convergência de todas as personagens, não é o centro da ação (o que é pena, porque foi o único local onde se passou alguma coisa se realmente interessante).
Esta escape room oferece um prémio de 60.000 $ à equipa que conseguir atravessar as cinco celas, proeza essa que apenas foi conseguida uma única vez desde a sua inauguração. Em 1997, lá aparece a equipa que chega ao final, apenas para se deparar com um tipo tresloucado que degola um deles (isto não é spoiler porque consta na sinopse).
Reprieve conta-nos a história do antes, durante e depois, através de transcrições do julgamento, cenas passadas no interior das celas da Quigley House, e os POV's das diferentes personagens envolvidas (todas elas um verdadeiro cliché e completamente estereotipadas).
Para além das personagens saídas de uma check list de estereotipos, também não gostei da tentativa forçada de fazer uma crítica social. Às tantas, a impressão que deu foi a de que o autor não sabia bem se queria escrever um livro de terror/thriller ou uma crítica, e acabou por não fazer uma coisa nem outra. Racismo, homossexualidade, exploração económica, machismo... O autor foi a todas e acabou por não ter um grande resultado em nenhuma.
Para um livro de 400 páginas, bem que poderia ter sido mais bem explorado. Mas pronto... Reprieve não é um daqueles livros terríveis que não recomendo, mas também não entra para a categoria de livros imperdíveis. Dá para entreter, mas de terror tem muito pouco...
Boas Leituras!
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