Contagion (2018) de Erin Bowman
Sinopse: Entrou em nós
Depois de receber um SOS urgente de um destacamento de trabalho num planeta distante, uma tripulação de é enviada para realizar uma missão de busca e salvamento normal.
A maioria está morta.
Mas quando a equipa chega, encontra um local abandonado, cheio de comida podre, armas descartadas... e cadáveres.
Não voltem a pôr aqui os pés.
Enquanto tentam descobrir quem - ou o quê - pode ter dizimado uma operação inteira, descobrem que algumas coisas é melhor deixar enterradas - e alguns monstros estão prontos para despertar.
Opinião: Depois de ler Parasite (Darcy Coates) e ter gostado tanto do ambiente claustrofóbico de um contágio no espaço, achei que seria boa ideia ler algo semelhante. Infelizmente, este livro tem pouco de pandémico, e muito de decisões erradas.
A história começa quando a tripulação da Odyssey, uma nave mineira, recebe instruções para responder a um pedido de SOS emitido por uma base situada num planeta remoto. As coisas começam logo de uma forma estranha porque a Odyssey não é uma nave de resgate, não têm quaisquer militares e pouco podem fazer caso seja necessária uma intervenção mais musculada.
Quando chegam à base descobrem cadáveres por toda a parte mas, ainda mais estranho, é a misteriosa ausência das restantes pessoas. Se não morreram, onde é que estão ?
Aos poucos vamos descobrindo o que se passou, qual a causa das mortes, o que aconteceu à restante tripulação e que agora também a equipa da Odyssey está em risco. E é aqui que se estragou tudo.
E porquê?
Porque as coisas só correm mal porque tomam decisões estúpidas após decisões estúpidas. Eu sei que nos filmes de terror há sempre aquela personagem-cliché que se coloca em risco, mas em Contagion parecia que nenhuma delas tinha o mínimo sentido de auto preservação.
Há uma nave militarizada a caminho, perfeitamente apta a fazer a missão de resgate e as instruções que a Odyssey recebe é para aguardar. O que é que a capitã decide fazer? Ignorar e ir explorar o planeta à procura de sobreviventes. Considerando que não têm sequer armas, parece-me uma decisão estúpida, visto que não sabem o que podem encontrar.
Encontram centenas de cadáveres no fundo de uma ravina. O que é que fazem? Vão lá, obviamente. Que se lixe a auto-preservação! Onde se está mesmo bem é no fundo da ravina, no meio de centenas de corpos que nem sequer se sabe do que morreram.
Ah, e para cobrir mais terreno a equipa tem de... Se disseram "separar-se", acertaram. Basta só pensar em qual seria a decisão mais estúpida a tomar e acerta-se logo à primeira.
Nada faz sentido.
Para piorar, esqueçam a propaganda de deste livro ser um page turner ou fast paced. Só mesmo se estiver uma ventania desgraçada que faça as páginas virar rapidamente... A verdade é que até pelo menos 40% do livro, a história é super parada e não acontece nada digno de nota.
Como não gosto de deixar as coisas a meio, agora vou ler o segundo livro, Immunity, e esperar que pelo menos seja mais animado.
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