The Brink (2019) de James S. Murray e Darren Wearmouth
Sinopse: A sequela do best-seller internacional (incluindo o best-seller nº 1 do Sunday Times) Awakened, por uma das estrelas de Impractical Jokers da TruTV e um autor de ficção científica best-seller.
O antigo presidente da câmara de Nova Iorque, Tom Cafferty, tem sido assombrado pelo horror de um único dia. A inauguração da nova linha de metro Z-train por baixo do rio Hudson - o suposto momento mais brilhante do seu mandato. Mas a cerimónia de inauguração tornou-se mortal quando o comboio que transportava a mulher de Cafferty e outros cidadãos foi atacado por uma horda de criaturas hiper inteligentes e sedentas de sangue, até então desconhecidas da humanidade.
Nesse dia, tudo mudou para Cafferty, a ex-polícia Sarah Bowcut e o perito em tecnologia Diego Munoz. Eles descobriram a verdade mortal: o ataque não foi um acidente.
E agora as criaturas que causaram estragos por baixo de Nova Iorque espalharam-se por todo o mundo e, com um enorme encobrimento - e uma organização secreta que mantém nações reféns com o conhecimento de como as matar - a equipa de Cafferty tem de lutar contra probabilidades impossíveis para salvar todo o planeta de um desastre à escala apocalíptica.
Uma aventura internacional explosiva e emocionante, os riscos são ainda maiores no último livro da dupla de bestsellers James S. Murray e Darren Wearmouth!
Opinião: Esta trilogia foi das melhores descobertas que fiz nos últimos tempos! No livro anterior, Awakened (2018), teremos o primeiro contato com as criaturas que vivem no subsolo, as suas forças e poucas fraquezas. Terminamos esse primeiro volume com a certeza de que aquilo que vimos até ali, não é nada comparado com aquilo que nos espera...
Neste segundo volume, percebemos que as criaturas evoluiram rapidamente, sendo agora capazes de tolerar níveis mais elevados de oxigénio, o que torna a sua ascenção à superfície praticamente inevitável... A grande questão a que importa responder é: qual será o destino da Humanidade, quando este predador de topo decidir reclamar para si todo o Planeta?
Tal como no Awakened, também este livro arranca logo com sangue e vísceras por todo o lado, o que é um bom presságio daquilo que nos espera, e sem dúvida alguma que não desiludiu.
Enquanto que o primeiro volume se passou todo na linha de metro e se centrou na luta pela sobrevivência de todos aqueles que lá estavam encurralados, este segundo livro aborda as coisas numa outra dinâmica, o que nos permite ter uma ideia bem mais abrangente de tudo o que se está a passar.
Teremos, por um lado, a história de Albert Van Ness, da Fundação, e de como a destruição das criaturas se transformou no seu objetivo de vida. Para tal, o autor intercala o passado (1945) com o presente, e estabelece alguns paralelismos entre a Segunda Guerra Mundial, o bunker de Hitler e a descoberta destes seres evoluídos e que constituem uma verdadeira ameaça para toda a Humanidade.
Percebemos também que, ao contrário do que alguns podiam pensar, a carnificina no metro não foi um ato isolado. Na verdade, já várias vezes ocorreram situações semelhantes, mas foram convenientemente abafadas pelos Governos com a ajuda da Fundação. Os ninhos estão por todo o mundo, e já foram várias as pessoas a desaparecer sem deixar rasto, principalmente junto a cavernas, ou a entradas para redes de túneis subterrâneos.
A única barreira entre as criaturas e a Humanidade parece ser a Fundação que, ao longo dos anos, tem exigido quantias avultadas de dinheiro aos Governos a troco de proteção. Este têm cumprido com os pagamentos, mas parece que agora decidiram considerar Van Ness como um terrorista e cortar o financiamento...
E assim temos todos os ingredientes para mais um daqueles livros impossíveis de pousar! Para mim, o mais interessante, foi perceber a origem da Fundação e a história de Albert Van Ness (até o nome está perfeito para um vilão!), o que sem dúvida me provocou alguns pensamentos duais. Que o tipo tem uma séria obsessão com a destruição das criaturas, é um facto. Que não olha a meios para atingir esse seu fim, também é uma realidade. Mas a verdade é que acaba por ser o único capaz de o fazer, e a sua motivação é manter a Humanidade a salvo. Por outro lado, o facto de ser o único capaz de as destruir, acaba por lhe conferir um imenso poder, o que também é perigoso. Por isso, entre as criaturas e um vilão, venha o Diabo e escolha.
As coisas ficam ainda um pouco mais retorcidas, quando andamos pelas instalações da Fundação construídas dentro de um ninho (isto só para terem noção do complexo de superioridade que a Fundação tem) e percebemos de que forma as criaturas estão a ser instrumentalizadas.
O livro tem umas quantas cenas violentas, e há um episódio em particular que foi realmente revelador da crueldade do Van Ness mas, não diria que se trata de violência gratuita, mas sim uma forma de construir o ambiente, a história e as personagens.
À semelhança do primeiro volume, também recomendo The Brink sem quaisquer hesitações a todos aqueles que gostem de uma leitura fast paced, com alguns elementos de gore, conspirações e vísceras.
Boas Leituras!
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