Parasite (2016) de Darcy Coates
Sinopse: Eles estão mais perto do que pensas...
Uma guarda descobre uma forma de vida invulgar no seu posto lunar remoto. Ela desrespeita o protocolo para a investigar, com consequências catastróficas.
O alienígena parasita veste a pele das suas vítimas e adopta as suas personalidades. É um disfarce perfeito e permite que a criatura se espalhe sem ser detectada. Quando a humanidade se apercebe de que está a enfrentar a extinção, um terço das suas seiscentas estações espaciais já se encontrava às escuras.
À medida que o progresso implacável do alienígena desmorona as redes de comunicação, destrói as defesas e deixa centenas de estações à sua sorte, um punhado de indivíduos notáveis tem de encontrar uma forma de combater a maior ameaça que o universo alguma vez encontrou.
Opinião: Wow! Nunca tinha lido nada dentro deste género, e posso dizer que fiquei absolutamente convencida. Já tinha visto filmes de terror passados no espaço, e dois dos meus favoritos são o Life (2017) e o Moon (2009), mas não sei bem porquê, nunca tinha enveredado por este género literário.
Isto até ter decidido ler todos os livros da Darcy Coates que é, nada mais nada menos, do que a minha nova crush literária. Comecei com The Carrow Haunt (2018), que me espicaçou a curiosidade para ler mais desta autora. Depois, From Below (2022), um livro de suster a respiração e que é uma mistura de Titanic com The Terror. Seguiu-se Hunted (2018) que não me convenceu. E por fim, decidi enveredar pelo terror espacial com este Parasite (2016) que achei intenso, claustrofóbico e deseperante.
Sim, acho que desesperante, é a palavra que melhor carateriza o sentimento predominante durante a leitura. Ou talvez, sense of doom...
Parasite (2016) é a compilação dos cinco livros que formam a série The Cymic Parasite Breach, escrita em 2016. Aqui, cada um desses livros é transformado num capítulo, e cada um desses capítulos centra-se numa estação espacial diferente. As histórias podem ser lidas isoladamente mas, pessoalmente, acho mais interessante ler todas visto que, embora o cenário seja diferente, a ameaça é a mesma.
E que ameaça é essa?
Um parasita.
Não um parasita qualquer, mas o parasita perfeito, capaz de destruir a raça humana sem que ninguém se aperceba. E aí é que está a genialidade da história, da forma como está contruída, das personagens... de tudo! O tal sense of doom de que falei, está presente logo desde o primeiro capítulo, quando começamos a perceber como funciona o parasita e qual a sua missão. E a história repete-se, estação após estação, sem que o leitor nada mais possa fazer para além de assistir, impotente, à morte de várias personagens que cometem os mesmos erros daqueles que já foram contaminados. A determinado momento da leitura, comecei a recear que aquilo fosse realmente o fim da espécie humana, pois não estava a ver como é que se conseguiria alguma vez enfrentar um parasita tão perfeito.
Começamos com a Station 331, situada numa lua remota perto do limite do sistema conhecido. A sua equipa é formada por três mulheres que têm como missão matar as formas de vida semelhantes a plantas que se desprendem dos detroços espaciais e dos meteoritos. Mas, numa patrulha de rotina, Carly descobre uma estranha forma de vida: uma criatura viscosa, semelhante a uma lesma de cor preta com veias encarnadas. Embora o prolocolo estabeleça que devem pedir reforços, Carly considera que esta nova forma de vida é completamente inofensiva. E esse foi o seu maior erro...
Noutro lugar do sistema, vamos encontrar a Station 332, que lançou um pedido de ajuda de emergência. Para dar resposta a este pedido teremos Charles, Robin e Jay, cuja missão consiste em verificar a estação, matar quaisquer ameaças, prestar assistência e regressar à Central. Nada indicava tratar-se de um pedido diferente dos habituais... Isto até a equipa chegar à estação e se deparar com um rasto de destruição, duas pessoas assassinadas, e uma terceira desaparecida. Homicídio-suicídio, ou algo mais ?
A Station 333 será o local onde é feita aquela que será, talvez, uma das descobertas mais importantes para se travar o parasita que se alastra de uma forma perigosa: o seu ponto fraco.
A descoberta é feita por Kala, uma cientista júnior que trabalhava na estação quando esta foi atacada. A ameaça é diferente de tudo o que ela poderia alguma vez ter imaginado... Os alienígenas são rápidos, fortes, e determinados a matar qualquer humano que encontrem. Mas mais perigoso do que a sua determinação, é o seu disfarce.
A carreira de Maren não está a correr muito bem. Foi treinada para ser técnica de defesa - uma combatente especializada encarregue de proteger as estações - mas o único emprego que conseguiu foi o de operária de manutenção na Station 334. No entanto, não se está a queixar. Pelo menos, não demasiado. Fez amigos no posto de comunicações e o trabalho não é isento de emoções.
Mas há sussurros de que algo terrível e mortal está a aproximar-se...
Gin, amiga de Maren e chefe de comunicações do 334, tem recebido um número excecionalmente elevado de pedidos de ajuda de emergência de estações remotas. A Central perdeu o contacto com as equipas de resposta que enviou. E um único som frenético sugere que a situação da humanidade é muito mais terrível do que se pensava.
Apenas duas semanas após a invasão dos Parasitas Címicos, o sistema cuidadosamente orquestrado de estações e redes de comunicação da Central foi obliterado. Algumas estimativas dizem que mais de um terço da humanidade está morta, e os que sobrevivem estão a contar as horas até que a invasão chegue à sua porta.
Mitzi é uma ex-oficial militar em desgraça. Neste mundo novo e desesperado, a sua dispensa desonrosa já não é uma marca negra contra o seu emprego, e ela conseguiu uma comissão para um último trabalho.
A sua missão é atacar um planeta invadido por Cymics e detonar um reservatório de combustível numa tentativa de os matar. Se ela falhar, a Central perde um centro de comunicações vital, e os seus últimos esforços de retaliação vão cair por terra.
É um plano louco, desesperado e imprudente... exactamente o tipo de plano que Mitzi gosta.
Já deu para perceber que estamos perante um livro bastante tenso, sobretudo porque assistimos ao evoluir das criaturas/alienígenas/parasitas, enquanto os humanos estão completamente alheados daquilo que se está a passar. Não era caso para menos, visto que os parasitas têm um disfarce perfeito!
Pessoalmente, adorei este livro. Não sabia muito bem ao que ia, e acabei a devorar página após página, ansiosa por descobrir como é que seria o final. Altamente recomendado!
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