Hunted (2018) de Darcy Coates
Sinopse: Ela só saiu do trilho por um momento...
Eileen, de 22 anos, desaparece durante uma caminhada na remota floresta de Ashlough. Cinco dias depois, a sua máquina fotográfica é descoberta nas águas do rio, contendo fotografias bizarras tiradas após o seu desaparecimento.
Chris quer acreditar que Eileen ainda está viva. Quando as buscas da polícia são abandonadas, ele e quatro amigos criam seu próprio grupo de busca para vasculhar a cadeia de montanhas. À medida que se afastam dos trilhos de caminhada e as descobertas inquietantes aumentam, começam a acreditar que não estão sozinhos na floresta... e que o desaparecimento de Eileen não foi um acidente.
Nessa altura, é demasiado tarde para fugir.
Opinião: Descobri esta fantástica autora quando andava à procura de livros sobre casas assombradas, e desde então já li The Carrow Haunt, From Below, e tenho mais uns quantos na minha TBR. Por "mais uns quantos", entenda-se toda a bibliografia dela, visto que eu tenho este problema de, quando gosto de um autor, entro numa espécie de frenesim literário que só acaba quando já li tudo. Antes isso que drogas.
Mas, como às vezes acontece, no meio de vários livros acaba por haver um ou outro de que não gostamos tanto, e Hunted foi um desses casos. As classificações no Goodreads eram boas, e achei que seria uma boa aposta, mas acabei por não gostar tanto deste como tinha gostado dos outros.
A história começa quando Eileen vai fazer uma caminhada na floresta e, durante o passeio, decide sair do trilho. Não foi a decisão mais inteligente que podia tomar, e acabou a ser perseguida por alguma coisa que andava por ali. Dias mais tarde, a sua máquina fotográfica aparece no rio, com uma série de fotografias estranhas, e que poderão dar uma pista sobre o que levou ao seu desaparecimento.
Antes de avançarmos, quero dizer-vos uma coisa: eu sou uma daquelas pessoas aborrecidas. De tal forma que o meu marido até costuma gozar comigo e dizer que um dos meus lemas de vida é "segurança acima de tudo!". Por isso podem imaginar o quanto fiquei irritada com uma personagem que decide ir fazer uma caminhada sozinha para uma floresta enorme e, como se não bastasse, decide sair do trilho.
Como se não bastasse, e devido à inércia das autoridades, o amigo/stalker creepy de Eillen decide, sem dizer nada a ninguém, apanhar o avião até Ashlough e ir procurá-la. Claro que, também ele vai para a floresta sozinho, e sai do trilho. Este, com a agravante de que ninguém faz ideia de que ele foi para lá, o que não foi uma decisão muito inteligente. Neste momento, a quantidade de más decisões, por si só, já são uma verdadeira história de terror.
Mas esperem, há mais...
O grupo de amigos de Eillen também acha que a polícia está a demorar demasiado tempo e decidem ir eles próprios fazer as buscas. Pelo menos estes vão mais bem preparados, mas nem assim as coisas correm melhor. São más decisões atrás de más decisões e, quanto mais o predador se aproxima deles, mais nós vamos percebendo que a história não vai acabar bem.
O livro é tenso, principalmente quando começa tudo a correr mal, mas não foi bem um daqueles que me tivesse provocado palpitações. Acho que isso foi, principalmente, porque também aqui eles são perseguidos por uma criatura peluda e eu ainda estava traumatizada com os macacos mutantes do It Came With The Crash e foi um azar do caraças, ter logo apanhado dois livros em que as pessoas são perseguidas por criaturas semelhantes.
O final tem um twist interessante, mas que não é totalmente inesperado visto que, a partir de determinado ponto, tudo parece apontar nesse sentido.
Definitivamente, este não vai para a minha lista de favoritos mas, vou continuar dedicada a esta autoria porque, até agora, o balanço é bastante positivo e ainda tenho muitas casas assombradas para visitar!
Boas Leituras!
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