Violet (2019) de Scott Thomas

by - maio 15, 2023

 

Sinopse: Na linha de Julia, de Peter Straub, Violet, de Scott Thomas, é a história perturbadora de uma mulher assombrada pelo seu amigo imaginário há muito abandonado.

Para muitas crianças, o Verão de 1988 foi repleto de sol e risos. Mas para Kris Barlow, de dez anos, foi a oportunidade de se despedir da sua mãe moribunda.

Três décadas mais tarde, a perda regressa - o seu marido morreu num acidente de viação. E assim, Kris volta para casa, para o lugar onde ela conheceu a dor pela primeira vez - para aquela casa de verão com vista para as águas cristalinas do Lago Perdido. É lá que Kris e a sua filha de oito anos vão lutar contra o luto.

Mas uma sombra caiu sobre a pacata cidade lacustre de Pacington, no Kansas. Sob a sua superfície, um mal cresceu - e dentro da casa onde Kris Barlow viu a sua mãe pela última vez, um velho amigo aguarda o seu regresso.



Opinião: Kill Creek foi um dos melhores livros de terror que li em 2021, e não lhe poupei elogios! Por isso, quando soube que o Scott Thomas tinha lançado Violet, o livro entrou diretamente para a minha TBR.

A história fala-nos do regresso de Kris à casa onde passou muitos verões durante a sua infância e adolescência. A dificuldade em lidar com a morte inesperada do marido, e com o silêncio da filha, leva a que procure algum conforto num local onde outrora foi muito feliz: a casa do lago. 

No entanto, aquilo que encontra quando chega, não corresponde à imagem idílica das suas recordações. A passagem do tempo e a falta de manutenção deixou as suas marcas na casa, que agora precisa de uma limpeza profunda e várias reparações. 

E grande parte do livro consiste, precisamente, numa descrição detalhada dessas limpezas.


Quando cheguei a metade, sem que nada digno de nota tivesse acontecido, percebi que o verdadeiro terror não estava na história em sim, mas sim na descrição exaustiva das tarefas domésticas realizadas por mãe e filha. São capítulos e capítulos em que não acontece absolutamente nada, e este livro só não se tornou um DNF porque acreditei realmente que, em algum momento, aquilo haveria de fazer sentido. 

Sim, é verdade que, aqui e ali, há pequenas pistas que dão a entender que existe um qualquer mistério que envolve a cidade, mas acho que o autor poderia ter dado essas mesmas pistas sem necessidade de escrever "O Tratado das Limpezas Domésticas".

No final, cheguei à conclusão que não valia a pena ter passado por 437 páginas para chegar àquele final. Podia ter saltado diretamente para os últimos capítulos e o resultado seria praticamente o mesmo. 

Ao contrário de Kill Creek, que tinha cenas absolutamente assustadoras, este Violet ficou muito aquém do esperado. Recomendo apenas àqueles que gostem de livros muito parados. 

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